quinta-feira, dezembro 25, 2003

Sonho

Hoje acordei de um sonho que durou quatro meses, acordei do sonho de ERASMUS. Quando na minha casa, no meu quarto, na minha cama acordei tive a sensação de que tudo o que tinha vivido nos quatro meses em Maastricht não passava de um sonho. Primeiro pelas pessoas fantásticas que tive oportunidade de conhecer, a começar pelos portugueses que foram uma verdadeira família e cidadãos de várias partes do mundo e também cidadãos do mundo. Segundo pelas cidades que visitei, e que mais uma vez me abriram horizontes, pelas coisas diferentes e algumas vezes deslumbrantes que vi. Peça experiência de viver no estrangeiro, de estudar numa Universidade com um método de ensino completamente diferente dos outros que havia testado. Mas e usando um raciocínio circular, o melhor de tudo foram as pessoas.

Quando acordei, ao olhar pela janela, não vi mais a Catedral de S Servatius, o Stadhuis e o resto da capital da Limburgo a estender-se nas margens do Maas. Não tive mais que usar chinelos para ir à casa de banho, nem sequer usar técnicas acrobáticas, não tive que falar em inglês para que os outros me compreendessem, não apanhei o elevador para sair de casa e também não usei a bicicleta para me deslocar. Tive, nas primeiras vezes que me cruzei com estranhos, a sensação estranha de compreender tudo o que eles diziam, simplesmente porque falavam em português. O austublieft e o dank u wel, expressões utilizadas amiúde nesses meses de sonho ficaram comprometidas por um se faz favor e obrigado.

Sinto-me um estranho no meu próprio país? Não me arriscaria a dizer tanto, mas uma coisa é certa, não a mesma pessoa que há quatro meses deixou Portugal, e ainda bem que não sou, caso contrário a experiência de ERASMUS não tinha resultado em pleno e teria sido apenas uma perda de tempo.....

Acordei de um sonho, mas como diria o poeta o sonho comanda a vida....

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